A
classe Aracnídea inclui as aranhas, os escorpiões, os ácaros e os carrapatos.
Apesar de existir grande diversidade de formas entre os aracnídeos, eles
apresentam muitas características em comum.
O
corpo é geralmente dividido em cefalotórax e abdome, que, nos aracnídeos, pode
também receber os nomes de prossomo e opistossomo, respectivamente. Nos
escorpiões, o abdome encontra-se diferenciado em pré-abdômen, mais alargado, e
pós-abdômen alongado e muitas vezes chamado de cauda. Nos ácaros, não se
percebe a divisão entre cefalotórax e abdômen, que formam uma estrutura única.
Figura 1 fonte: Só Biologia
Os
aracnídeos diferem dos outros artrópodes por não possuírem antenas nem
mandíbulas. Eles possuem, como estrutura desenvolvida com a manipulação do
alimento ao redor da boca, as quelíceras, fato que deu ao grupo o nome de animais
quelicerados. Além das queliceras, os aracnídeos possuem ao redor da boca, um
par de pedipalpos, estrutura que pode ter funções das mais variadas dependendo
do grupo. Os pedipalpos também são estruturas exclusivas dos quelicerados.
Nas
aranhas os pedipalpos podem atuar como “bandeirolas” de sinalização para fêmeas
(atração) , auxiliam na manipulação do alimento, transportam os espermatozoides
até as fêmeas, além de terem uma função sensorial.
Outra
característica importante dos aracnídeos é a presença de quatro pares de pernas
no cefalotórax. Verificam-se, na região posterior e ventral do abdome das
aranhas, as fiandeiras, estruturas associadas a glândulas de seda, que produzem
os fios de seda com os quais elas tecem as teias.
Reprodução
Ocorre
fecundação interna e o desenvolvimento é direto (sem presença de larva e
metamorfose). Logo que nascem os aracnídeos são pequenos e têm o exoesqueleto
menos endurecido, eles passam por diversas mudas para poderem crescer. Há
dimorfismo sexual (sexos diferenciados) e eles podem ser ovíparos ou vivíparos.
Na
maioria das espécies de aranha, o macho faz a corte para a fêmea, depois a
coloca a seu lado e transfere para o seu corpo o espermatóforo, que é uma
cápsula gelatinosa onde ficam os espermatozoides. Isso acontece geralmente
através dos pedipalpos (já que o macho não tem pênis) que introduzem o
espermatóforo no orifício genital feminino no momento da cópula. Depois de
fertilizados no corpo da fêmea, ela faz a postura dos ovos que ao eclodir
liberam filhotes imaturos.
Nos
escorpiões a fêmea é vivípara, ou seja, carrega os ovos fertilizados dentro do
seu corpo. Quando nascem, em alguns casos, os pequenos escorpiões imaturos são
carregados nas costas da mãe até passarem pela primeira muda.
Em
notas de rodapé 1: Disponível em: < http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos3/bioartropodes4.php>
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